Ouvi recentemente reportagem na rádio a respeito das chamadas mentiras sociais. São mentiras que usamos para nos relacionarmos com o nosso próximo de forma mais formal.
Ex: Alguém se vira para você e pergunta: “Está tudo bem?” Você teve um dia horrível, está com vontade de matar alguém, mas responde: “Tudo ótimo!”.
Um estudo do perito em crimes eletrônicos, Wanderson Castilho, que se transformou no livro “Mentira – um rosto de muitas faces”, afirma que mentimos, em média, três vezes a cada dez minutos. No seu depoimento a respeito do livro, o mesmo reitera que este perfil de mentira não é nocivo ao comportamento humano; é apenas um mecanismo de defesa de quem não deseja se expor ao o outro.
Nós, cristãos, sabemos que mentira de qualquer ordem é pecado contra Deus, mas não é neste mérito que desejo entrar. O que me fez trazer este tema à tona é saber, ou humildemente suspeitar, que este mecanismo está muito presente nas igrejas.
Ex: “Irmão, tá na bênção? Tudo em paz?” O irmão atribulado responde: “Tô na bênção. Oh, Glória!”.
Pode ser que o irmão use desse mecanismo profeticamente. Ele pode estar em problemas, mas, pela fé, antevê a manifestação de Deus em seu favor para sanar este desconforto. Por outro lado, a Bíblia afirma que devemos ser suporte um dos outros e este panorama talvez nos permita entender que parte do povo de Deus talvez esteja disposta a suportar, mas a outra parte não tenha confiança suficiente no seu irmão para se deixar ser suportado.
Em um cenário em que, muitas vezes, o povo que deveria ser canal de bênção é agente de discórdia, fofoca, acusação e outros dissabores, o irmão que está passando por tribulação prefira ficar em silêncio, guardando seus pesares para si e aumentando mais sua dor.
E aí, irmão? Tá na bênção?
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